segunda-feira, 4 de agosto de 2008

04/08/2008

Uma dissonância se apresentava em seu conjunto. Talvez os olhos girandorbita demasiado e as mãos aflitas (aranha em teia soprada por garoto). O crepúsculo se aproximava junto com a brisa calma, fria. Quando menos pudera notar, sua figura já tinha mergulhado. A grande estrela substituída por uma infinidade de outras menores, - algo inteiro que se dispersa. Dente de leão.
Inversamente ao sol, Gabriella se adensava. Era mais profunda que o escuro, seu interior se expunha sem reflexos, e não havia outra opção além de imergir em lago desconhecido. Silvermoonlake.
De início estatelado, paralisado só de olhar, doei-me tanto que já não inteiro compunha sobrepostas folhas foscas. O que me continha, dei a ela de proteção contra a estaticidade molecular, para que o ar quente ao redor ficasse no seu adiposoveludoazulo. Assim permaneceu por algum tempo, nunca houvera junção tão perfeita.
Espaços suspensos percorremos; trilhas decalcadas em tempo remoto. Logo tudo desapareceria.
Ponto final do itinerário, afobado meio infante. Tomei de volta o casulo e o ar ainda enclausurado no tecido. Vesti o fosco, mais doce que antes, e púrpura.
Depois o ar vazava minguante, comum murmúrio.