quarta-feira, 2 de setembro de 2009

01/09/2009

Na erma flor (dita)
cuja esfera - africana filigrana
composta de tardes veraneias
vejo incrustada em sua derme:
rubro cerne, enalteçam!
como me vês,
de plongeé?
ou contra-plongeé?
o fato é que não me importo.
Vago solto nas ruas, calçadas imundas
ofego contra luzes
contra o laranja das pedras portuguesas.
"que fazes tu, a andar afoito?"
"tento acompanhar o passo,
o ternário, o compasso
e a cama de se estirar o gozo".
Brandirei teus traços
à procura dos índices,
constituintes do magenta -
essa cor transfigurada de sangue em neve.
Também ignoro
a falta de realidade ou realeza
em tua estória, notória
terrena emancipação.