quarta-feira, 2 de setembro de 2009

01/09/2009

Na erma flor (dita)
cuja esfera - africana filigrana
composta de tardes veraneias
vejo incrustada em sua derme:
rubro cerne, enalteçam!
como me vês,
de plongeé?
ou contra-plongeé?
o fato é que não me importo.
Vago solto nas ruas, calçadas imundas
ofego contra luzes
contra o laranja das pedras portuguesas.
"que fazes tu, a andar afoito?"
"tento acompanhar o passo,
o ternário, o compasso
e a cama de se estirar o gozo".
Brandirei teus traços
à procura dos índices,
constituintes do magenta -
essa cor transfigurada de sangue em neve.
Também ignoro
a falta de realidade ou realeza
em tua estória, notória
terrena emancipação.

Um comentário:

DaniK disse...

"Também ignoro
a falta de realidade ou realeza
em tua estória, notória
terrena emancipação. "
Oi André, adorei... especialmente essa parte...
Neoplatonismo? Onde vc tem estudado isso? Pois é, me sinto platônica - ignoro a realidade - achando que essa é mera cópia imperfeita de um mundo ideal...
Vi que vc quer saber mais sobre judaísmo... não sei mto, mas tem alguns lugares que tem uns cursos bacanas... Centro de Cultura Judaica... e algumas sinagogas... vou ver direitinho pra vc !
beijos