domingo, 21 de outubro de 2007

domingo à noite

Este domingo-à-noite tem algo de decadente. As pessoas parecem flutuar por espaços mais ou menos habitados; luz fria e morta de bar. Paredes com azulejos amarelados, circundam seres de olhar distante. Vislumbram o fim de algo. Não é nada tão expressivo ou forte, tem o peso do que não pode ser dito em verbo, afirma-se em forma de presença como aquelas companhias pouco desejáveis que ficam nas beiras, vendo, olhando, prostram-se nas margens e povoam os cantos dos olhos.

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